O custo da alimentação nos países ocidentais está cada vez mais baixo, apesar de nos queixarmos da conta da mercearia, mas a comida barata não é comida de borla, tem custos escondidos.
As colheitas, especialmente o milho, são fortemente fertilizadas, tanto com químicos como com subsídios governamentais, o que tem mantido os preços artificialmente baixos, pelo menos até o mercado ter ficado desequilibrado com a produção de biocombustíveis. É por isso que podemos comprar um hambúrguer, batatas fritas e um refrigerante por cerca de €5, uma pechincha se pensarmos que essa refeição contém perto de 1200 calorias, mais de metade das necessidades recomendadas diárias para um adulto.
Então porque é tão errado a comida barata, especialmente se tantos passam fome? Começa por ser errado pois nem todos os alimentos são igualmente baratos: a fruta e os vegetais não recebem os mesmos subsídios que os cereais, logo com um euro podemos comprar 1200 calorias de batatas fritas mas apenas 250 calorias de vegetais ou 170 calorias de fruta fresca. Não admira que estejamos cada vez mais gordos, custa demasiado ser magro.
Actualmente, a carne e outros derivados animais que consumimos provém de operações concentradas de alimentação de animais (conhecidas pela sigla CAFO em inglês), que são tão industriais como o nome indica. Nelas grande número de animais (mil ou mais para o gado e dezenas de milhar para aves e porcos) são mantidos em instalações exíguas e próximas e engordados para o matadouro o mais rapidamente possível, contribuindo para a eficiência e o preço baixo. Mas os animais não são robots, são seres vivos e sofrem as consequências de viver no equivalente a prisões.
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